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Para muitas pessoas, o metaverso é o próximo passo da evolução da internet e promete ser uma mudança ainda mais intensa. Ele contempla desde o uso de hardwares – como óculos que permitem que você traduza placas em línguas estrangeiras instantaneamente ou mostram o caminho do GPS em tempo real – até experiências imersivas de navegação em tela similares a games, como o Roblox. Tal qual a internet de hoje, o metaverso não será um único produto ou serviço, mas sim uma “colcha de retalhos” de tecnologias, plataformas e produtos.
Se tudo caminhar bem, o metaverso pode ajudar a superar divisões que existem entre o mundo online e offline e ser uma força positiva para liberdade de expressão e igualdade. Todavia, se desenvolvido sem a participação efetiva de pessoas diversas, pode se tornar um pesadelo – especialmente quando pensamos em minorias políticas, como mulheres e pessoas negras. A experiência imersiva de uma reunião de trabalho ou jogo de futebol pode ser interessante, mas e se o metaverso possibilitar um estupro “imersivo”? É possível construir um universo imersivo que não se torne um local de replicação das violências machistas do mundo offline?
Está no ar o relatório “Metaverso e Gênero”, produzido por Alice de Perdigão Lana, do InternetLab, dentro do projeto “diVerso: Laboratório de Estudos sobre Metaverso”. O estudo explora diferentes desenhos de metaversos com objetivo de construir um espaço mais diverso e inclusivo, especialmente no Sul Global. Além disso, discute a importância da auto representação em todos os processos de construção deste espaço para coibir violências de gênero.
Autora: Alice de Perdigão Lana
Revisão: Nina Desgranges e Jota Archegas
Coordenação: Christian Perrone
Design: Stephanie Lima
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